Wednesday, December 30, 2009


A cultura consorciada do marreco de Pequim com a cultura do arroz, no Muncípio de Guaramirim, a prática é desenvolvida e mantida já por longo anos, na localidade da Estrada Jacu Açu.
Ademir Pfiffer - Jaraguá do Sul - SC -
Historiador

Este segundo vídeo desta microentrevista é uma continuidade do primeiro vídeo.
Ademir Pfiffer - Jaraguá do Sul - SC

"A cultura não lida apenas com as artes e universidades, mas com todos os valores da sociedade humana, que a um governo democrático incumbe respeitar e vitalizar." (Jorge Cunha Lima)
O fragmento de entrevista foi gravada na localidade de Brüderthal, na sede social da Sociedade de Atiradores de Brüderthal. JORGE TIMOTEO PINHEIRO


Faleceu às 12h do dia 27/07/2011, o Sr. JORGE TIMOTEO PINHEIRO, mais conhecido por CORÓTE, com idade de 62 anos, deixando enlutados: filhos, genros, nora, irmãos e demais parentes e amigos. O sepultamento será realizado no dia 28/07, às 16h, saindo o féretro da Capela Mortuária Senhor Bom Jesus em Guaramirim, seguindo após para o cemitério municipal de Guaramirim. Comunicamos com pesar o falecimento, do Sr. JORGE TIMOTEO PINHEIRO, mais conhecido por CORÓTE.

Ademir Pfiffer - Jaraguá do Sul - SC

Friday, August 28, 2009

123 anos marcados pelos 60 anos de emancipação política

Os festejos dos 60 anos de emancipação política de Guaramirim entraram para a história política do Município, marcados pelas águas turvas e falta de ética dos partidos políticos, que raramente contibuiram no passaso e no presente, para o alcance das "Bodas de Diamantes".
Desde os primórdios da imigração e colonização, no século XIX, o antigo Domínio de Dona Francisca – Itapocu – conviveu com uma série de desafios e uma rede de intrigas organizadas por famílias diversas, cuja marca foram desastrosas ao logo de sua trajetória. O ciclo de intrigas, estruturado ganhou destaque quando da cassação de Nilson Bylaardt, então Prefeito proclamado pelas vias das eleições diretas realizadas em outubro de 2008.
A primeira rede de intriga organizada no antigo Itapocu remonta o século XIX, década de 80. Foi o Pastor Wilhelm Gottfred Lange e a esposa Claire Reuge (suíça), o fundador da cidade, que assistiram de olhos esbugalhados, o que sobrou da Colônia de Brüderthal, num final de tarde, ao retornar da Colônia Jaraguá, depois de cumprir o ofício religioso.
Desse episódio trágico sobrou fragmentos de memórias e histórias, que permeiam o imaginário coletivo do Município. A intriga toda residia no casamento do Pastor Wilhelm. Este havia solicitado via carta enviada à Alemanha, à irmandade religiosa Herrenhut, uma noiva. Atendendo à solicitação, daquele país veio ao Brasil, no Porto de São Francisco do Sul, a jovem Clair, Senhorita de origem suíça. Porém, na comunidade religiosa da irmandade Herrenhut havia uma moça solteira, filha de um dos colonos, de boa índole. O pai da moça decidiu casar a filha com o Pastor, que estava solteiro e procurava companhia. O fato social do enlace matrimonial não foi concretizado. Para vingar o Pastor, o colono aproveitando-se da ausência deste e de sua esposa resolveu atear fogo nas instalações da colônia, composta de ranchos, capela-escola e roças.
Foi o primeiro fato significativo e de repercussão local ligado à imigração estrangeira no picadão do Itapocu, hoje Município de Guaramirim.
Depois disso, sucedeu-se por volta de 1914, o desembarque da população do conflito do Contestado na Estação de Itapocuzinho I – Guaramirim. Essa população foi transferida a revelia pelas autoridades federais e estaduais, para encerrar o episódio que se alastrou no Vale do Rio do Peixe (Caçador) e Planalto de Canoinhas.
O acentamento da população remanescente do Contestado no Núcleo Federal do Rio Branco trouxe inúmeros conflitos de convivência e aceitação social em detrimento da população leto-russa, a qual tinha uma acentuada cultura de progresso material. Já os caboclos do Contestado viviam em total estado de penúria e pobreza crônica. As autoridades de Governo juntaram esses diferentes povos, sem considerar as diferenças étnicas-culturais. Isso gerou tensão no convivio social, que inúmeras vezes essa situação era denunciada em jornais de circulação na cidade de Joinville. Demorou anos até que se equilibrou as relações de convívio social, marcadas pelo valor de mutua coloboração e boa amizade. Porém, a população leto-russo grande maioria preferiu migrar do local fase a ausência do Estado, como instituição de apoio e incentivo à instrução, saúde, habitação e transporte.
Os anos 40 foram marcados pela mudança do nome do Distrito de Bananal para Guaramirim. Inicialmente o nome era para ser “Jaraguamirim”, uma alusão a um local pequeno, o qual foi interpretado pelas elites da época como ofensivo. Pois, havia um clima de desconfiança de que o nome de “Jaraguamirim” havia sido escolhido por influência de Jaraguá, cuja elite da cidade vizinha acreditava de que o Distrito de Bananal seria uma extensão territorial de Jaraguá.
O equivoco só foi resolvido por intermédio de Ricardo Witt – dentista e líder político do PSD – de Massaranduba, o qual definiu as regras da emancipação de Guaramirim e Massaranduba.
Após esse episódio no final dos anos 40, a nova geração de cidadãos visionistas e definidores do futuro da cidade, formalizaram um acordo entre os dois distritos pertencentes ao Município de Joinville (SC). O resultado provocou profundas rupturas na sociedade da época, cujas consequências foram a criação dos municípios de Massaranduba e Guaramirim.
Ainda, nos anos 50, a cidade de Guaramirim conviveu com dois absurdos episódios, o desmonte dos cemitérios da Igreja Católica (1) e do Cemitério Luterano (2). Os dois instalados no centro do perimetro urbano da cidade, ao longo da Estrada Joinville, atual Rua 28 de Agosto.
A gravidade das atitudes radicais de um grupo de católicos e luteranos, que formavam o grupo dominante, marcou e mudou o rumo da História Regional, cemiteral e arte tumular.
E desde, que me recordo, o assunto era e continua sendo ignorado pelos habitantes da cidade, visto que muitas dessas familias ainda estão residindo em Guaramirim. Elas são testemunhas do conflito, guardam profundos ressentimentos e vivem assombradas, inclusive a nova geração vive sem história e memória.
O modelo educacional do Regime Militar inciado no ano de 1964, em nada contribuiu com a introdução das disciplinas de Educação Moral e Civica (EMC) e Organização Social Política Brasileira (OSPB). Muito pelo contrário, formou uma gerção de jovens moldados pela ditadura do pensamento único e sem visão de Mundo e Cultura. Portanto, cidadãos surdos, cegos e imaturos, pois transformaram a arte da ciência política em instrumento de batalha ideológica e conflito permanente.
Os mesmos grupos ou famílias almejam por força da manipulação e mesquinharia, governar a cidade para eles mesmos, ou a família. Desprezam com propriedade a história da coletividade que gerou um próspero município, mas o qual desconhece o valor da cultura.
Por isso ainda, há ausência de uma mentalidade política de emancipação do homem guaramirense. Este continua desprezando a trajetória de vida do cidadão e a contribuição deste para a grandeza e prosperidade da cidade.
A cidade necessita superar ranços, dogmas políticos e partidários, para conquistar a plena maturidade democrática, inspirados no valor da história e da memória do povo, cujo contexto ainda não tem essas representações e simbologias que orgulhem esta gente.
A partir de uma nova mentalidade política, desenvolvida pela participação efetiva da sociedade e dignamente respeitada, a cultura da cidade será venerada, considerando o valor do multiculturalismo, base de respeito às diferenças.
O episódio da cassação da autoridade do Executivo, neste ano de 2009, que mostrou o drama de uma geração sem os valores precisosda democracia e das instituições democráticas. O resultado foi um processo político eleitoral caótico e decadente .
Como não se respeitou as regras institucionais, a cidade mergulhou num mar de lama, escândalos, baixarias, tudo por conta do apego ao poder sem controle e direção. A cidade que tem um potencial máximo foi reduzido ao mínimo.
Analisando o diagnóstico desse conjunto de fatos, temos um quadro histórico marcado por uma inversão de valores, injustiças, danos ao patrimônio histórico, arquitetônico, artístico, natural, arqueológico e mineral, da cidade. São perdas que marcaram várias gerações, as quais não tiveram oportunidade de conhecer esta terra com propriedade e respeito.
A grávidade e o desdobramento dos elementos elencados e narrados, também mostra uma cidade sem tradição e valores folclóricos, os quais foram suplantados por uma rede de intrigas entre as famílias dominantes, através de práticas nefastas no campo político, comprometendo e banindo a própria história da cidade, lamentavelmente.
Para superar essa rede de intrigas secular, entre as famílias tradicionais, rivais ou adversárias, politicamente, recomenda-se a luta pela conquista da unidade política pelo viés da cultura. Instrumento até hoje, não conhecido e difundio entre os homens de boa fé, nesta cidade.
Um ponto de cultura (Museu e Arquivo Histórico) seria o primeiro passo, para desenvolver sociabilidades, aonde as pessoas se encontrariam. No lugar das disputas rivais, a memória ganharia destaque, através da oralidade (gravação de História Oral), fotografias de época e objetos diversos, que marcaram e continuam marcando a história da vida privada das pessoas.
O primeiro ato é a sensibilização da comunidade para difusão do conceito da arte museal, sua importância e caráter de revitalização da memória, que ao longo da história da cidade foram guardadas e não cairam no esquecimento.
Valorizar a história de um povo é conservar o passado, para que o futuro não seja assombrado, marcado pelas rivalidades e rotinas de intrigas, que traga somente a divisão, como foi neste ano de 2009.
Guaramirim tem história, a qual necessita de um espaço para refletir a evolução, a história e a memória, construíndo sociabilidades e a unidade e o respeito constante entre os cidadãos.
Nesta perspectiva, a riqueza produzida será reflexo dos valores culturais agregados ao produto, que chegará ao mercado pelo marketing de sustentabilidades e marcado pela história de sua gente.
Ein Prösit, Bananal!Ein Prösit, Guaramirim! 60 anos !
(1) O Cemitério Católico foi o principal local aonde foi enterrado os imigrantes estrangeiros euopeus tanto que habitavam o antigo Itapocuzinho I e Bananal, atual Município de Guaramirim. Também os imigrantes da antiga Rua Joinville - atual Waldemar Grubba - da Colônia do Jaraguá - do final do século XIX e inicio do século XX - foram enterrados nesse cemitério. Inclusive, nesse cemitério foi enterrado a primeira mulher de Jaraguá (Francisco de Paulo), que se teve noticia de óbito, segundo relato do historiador Emílio da Silva.
O cemitério foi alvo de sumiço e no local foi instalado um hospital, fase a um padre estrangeiro, que não conhecia e não respeitava, a história do Brasil e do Vale do Itapocu.
Na época, havia terra de sobra para se construir o tal de Hospital, que ainda hoje é uma razão das preocupações constantes das autoridades locais, devido ausência de um plano político firmado em bases seguras. Parece ainda, hoje que, a direção do hospital vive assombrada pelo drama dos mortos que foram maltrados pelo dito padre.
(2) O Cemitério Luterano era habitado pelos personagens estrangeiros mortos e quando vivos moravam na mesma área dos católicos, Vale do Itapocu. A Igreja estava instalada nas próximidades da divisa de Guaramirim e Jaraguá do Sul. No local não havia instalações de ranchos para realizações de festas. Além disso, a comunidade Luterana almejava a transferência da Igreja para área central da cidade, próxima à Estação do Trem. Em Guaramirim, o Governo Federal através da Rede Ferroviária mantinha um enorme patrimônio de terras nas proximidades da malha ferroviária, aonde hoje temos as instalações da Praça Catálicio Erico Flores, Escola de Educação Básica "Lauro Zimmermann", Igreja Evangélica de Confissão Luterana e Salão Comunitário da mesma igreja. Portanto, essas instituições receberam a posse de terra da Rede Ferroviária. Para os luternos fincarem o inicio da obra do Salão Comunitário, foi necessário na ótica da velha guarda distruir o cemitério e a ditadura do pensamento úico levou a idéia vingar.
A partir da polémica do cemitério distruido, muitos dos membros da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, que residiam na antiga Rua Joinville desligaram-se da Paróquia de Guaramirim e foram associar-se à Paróquia Centro de Jaraguá do Sul.
Neste episódio, estava claro de que o ato impensado de alguns dirigentes do quadro da diretoria da Igreja Luterna da época dividiu o movimento luterano e trouxe pronfuda dor e ressentimentos até hoje presentes entre várias familias. Até hoje, o fato ainda está presente no imaginário social e coletivo, como algo de mau gosto e distruidor da memória do nosso povo.
"O povo sem memória, não defende a sua história e seu território" - Ademir Pfiffer

Thursday, June 25, 2009

Movimento para salguardar a história de Guaramirim em um Museu
Com a contribuição do jornalismo do jornal mais antigo em circulação no Vale do Itapocu, O Correio do Povo (20/06)mostra por meio desta matéria, o pensamento do Sr Danile Graudin da Silva, sobre as possibilidades de criação de um museu nesta cidade.
Aproveitei a matéria e inseri uma entrevista, a qual havia realizada com este Sr em janeiro de 2009. Confira o assunto a seguir:

O acervo museológico do Sr Daniel é eclético, cujo patrimônio é testemunho da história de progresso da cidade, que no passado foi Distrito (Bananal), de Joinville (SC).


Entrevista por mim realizada foi na sede da Prefeitura de Guaramirim, na Rua 28 de Agosto, no mês de janeiro de 2009.



O texto do jornalismo do Jornal O Correio do Povo, mostra a legítima reivindicação da comunidade pela revitalização da história de sua gente, o maior patrimônio.

Outros vídeos com o Senhor Daniel:


Tuesday, March 24, 2009

Círco e Teatro Pixirica faz a cultura dos espetáculos sob a lona azul na Vila Lenzi

O Circo Teatro Pixirica, instalado no Bairro Vila Lenzi (próximo à loja de material de construção Pirmann) é uma casa de espetáculo de arte popular, que tem atraído a população local.
No sábado 21 de março, um bom público prestigiu mais uma noite de cultura circense sob a lona. Quem foi prestigir sentiu o gosto da arte circense, que continua muito forte nesta região, pois constitui-se uma opção alternativa de participar da cultura em movimento, na cidade de Jaraguá do Sul.
Círco e Teatro Pixirica de Guaramirim faz o público jaraguaense rir muito

Fim do espetáculo, no sábado 21 de março, às 22 horas e 30 minutos. Foi mais uma noite de espetáculo no Circo Pixirica instalado (próximo Material de Construção Pirmann), no Bairro Vila Lenzi, em Jaraguá do Sul. O público era eclético e a maioria desconhece a arte de teatro. Mas, o público interage e participa ativamente do espetáculo.
O Cico Pixirica é uma importante instituição, que combina arte e a cultura, na linguagem do povo . Os temas interpretado pelos artistas amadores, são atuais e satirizam o cotidiano dos jaraguaenses, com bom humor , por conta do talento de quem faz a cultura, sob a lona com dedicação e amor.

Os atores no palco pela ordem são Carlos Urbanski,Wilhelm Fritzke, Cesar Urbanski, Luciano Urbanski, Marcia Regina, Ana Maria Coimbra, Bene Dias (...)