Thursday, August 31, 2006


CULTURA DO ARROZ IRRIGADO CONSORCIADO


Depois de uma intensa seca de inverno, a chuva que chegou aos poucos, amenizou os problemas de seca na região do Vale do Itapocu.Na localidade de Figueirinha, os agricultores já estão em ritimo do preparo das arrozeiras, para o plantio do arroz irrigado. Enquanto não chegar o plantio, os agricultores aproveitam as arrozeiras para criação de marrecos.Uma paisagem bonita, que revela a importância da cultura do arroz irrigado, em consórcio com a criação do marreco, enriquecendo a diversidade da economia do Município.

Wednesday, August 23, 2006

28 de Agosto, Guaramirim 57 Anos de Emancipação Política
A ti, rendemos tributo pelos 120 anos de imigração,agora te dedicamos nosso respeito pelos 57 anos de emancipação política administrativa, onde aflora o desenvolvimento com força e perseverança - terra de nossos pais, que com bravura desbravaram este chão - acolheu muita gente que de outros lugares vieram e aqui se estabeleceram, construíram suas vidas com muita luta para ganhar seu pão.Tens no teu povo o maior tesouro, gente humilde e batalhadora, acolheste todas etnias com seus costumes e cultura diferenciada, a todos abraçastes e deste igual valor.És considerada a "Capital da Palmeira Real" mas para quem trabalha a terra e luta com fervor o arroz, a banana e a horticultura são os produtos que fazem a diferença e mantém o homem no campo produzindo o alimento da nação.Preservas a força da agricultura - o desenvolvimento das industrias que aos poucos foram se instalando e tomando seu lugar, dando emprego a muita gente que nem terra tem.O comércio em pleno desenvolvimento faz a diferença para quem precisa comprar e a educação valor maior do cidadão bem amparada pela Faculdade Metropolitana oferece cursos de Graduação e de Pós-Graduação nas diversas árias do conhecimento - as escolas estaduais muito bem conservas e equipadas com curso técnico de turismo e outros mais - escolas infantis e fundamentais, dando a criança base na construção do conhecimento cientifico, e construção da cidadania, preparando e treinando-os para um futuro promissor.Na riqueza do patrimônio histórico-cultural tens a Casa Centenária de Enxaimel, a Estação da Rede Ferroviária, marca do progresso, pelos trilhos no balanço silencioso tomou seu lugar, cortando a mata virgem de então, trazendo e levando a produção e os mantimentos de precisão. Imigrantes alemães, russos, italianos, negros aqui fizeram seu lar e no "Brüderthal" sua primeira morada com a colonização, deixaram a marca da constituição do município agora Guaramirim - referência européia de administração, organização, perseverança e desprendimento de sua nação.Costumes, cultura e gastronomia, o Festival de Dança, Festa do Cacudo, a Schützenvereinfest, a Porchetta e a Expofeira. Oportunizando ao visitante e a toda gente lazer - o restaurante da represa com sua gastronomia típica e do saboroso caldo de cascudo e outros pratos da região, as cachoeiras no interior, a mata atlântica verdejante a pedra sapo, os parques aquáticos no Jacu Açu, o delicioso café colonial. No esporte educação saudável das crianças e jovens da cidade que representam o Município em todo Estado.

És reconhecida nos Estados Unidos, Japão, Portugal, Suíça nas maiores Universidades através do Instituto Rã Bugiu, estudiosos e cientistas de todos os lugares aqui vem pesquisar - a fauna e flora agradecem a preservação.No centro concentram-se os que vão e que vem e observam a falta de calçadas, jardins floridos, atendimento de qualidade ao cidadão - a cidade chora por falta da flor e do amor - te amamos mesmo assim e te agradecemos por nos acolher.Parabéns Guaramirim pelo qüinquagésimo sétimo aniversário e ao povo, honesto trabalhador, nosso respeito.
Analores Fröhlich Jahn - Brüderthal II - Guaramirim - SC

Professora do Centro de Educação de Jovens e Adultos - Jaraguá do Sul - SC

Thursday, August 10, 2006


Casa Enxaimel - construção arquitetônica do século XIX, que guarda grandes fragmentos da história da imigração ainda invisível à sociedade guaramirense

Na estrada do Bom Retiro localiza-se a velha casa de enxaimel, edificada no século passado.
Datada de 1893 e foi cuidadosamente construída, moldada, pode se dizer.
Os tijolos que são todos feitos a mão. A argila era amassada com os pés, depois colocados em caixas de madeira onde os tijolos passavam alguns dias eram tirados e em seguida secados ao sol.
Naquela época não havia olaria na região. As únicas olarias eram movidas à força do "corpo, sangue, suor e lágrimas". As pessoas que construíram a velha casa de enxaimel deixaram nela sua marca impregnada, sua energia, angústias, ansiedades, esperanças, fé, tristezas e desejos de um futuro mais promissor.
A velha casa de enxaimel abriga hoje uma família numerosa, como tantas outras que ao longo dos anos nela passaram.
Por ironia do destino, a casa também tem sua história de maldições e contradições, trazida com os imigrantes alemães e russos.
As pessoas que moravam nela, sofrem muitas injustiças, doenças, fome, solidão e condições de vida desfavoráveis à humana.
A velha casa de enxaimel esconde seus segredos e mistérios.
Dizem que é mal assombrada porque existe em algum lugar dela, um tesouro enterrado, muito valioso e por isso as pessoas que nela moram não são felizes e vivem em conflito, sem paz.
Outros já falam que uma mulher toda vestida de branco desce as escadarias , à noite, chorando desesperadamente, escadarias que levam ao velho sótão.
Não se sabe qual é a verdadeira história, só que as pessoas que passam, deixam o registro de suas vidas, suas tristezas e toda vivência espiritual presente.
A casa velha de enxaimel abriga hoje, seu Rancoroso e Dona Esperança – Estes lutam com garra e muita coragem, mas também com desespero para não deixar as influências negativas destruíram suas vidas e a velha casa de enxaimel.
Nesta casa antiga, tem-se sabores e aromas diferentes, especiais como o de fubá fresquinho saído do forno à lenha, feito caprichosamente por Dona Esperança e também, a carne assada na panela de barro ou de ferro, que exala um aroma todo especial.
Seu Rancoroso é um homem simples, muito severo, duro de lidar, genioso, de costumes tradicionalistas. É daquelas pessoas que leva consigo a árvore genealógica, perpetuando hábitos, rancores e costumes germânicos, enérgico e individualista, preso a seu mundo.
É um homem honesto e trabalhador que estabelece regras, segue seus próprios conceitos e exige que todos os sigam.
Diálogo é coisa que seu Rancoro desconhece.
É dono de seu próprio mundo, organizado e administrado conforme sua vontade.
Dona Esperança, ao contrário, é alegre, expansiva, atualizada, estudiosa, procura a cada dia ser melhor. É flexível, gosta de estudar e fica sempre por dentro de tudo, é espontânea e aberta ao diálogo com a família e demais pessoas de seu convívio.
Esta velha casa está situada num lugar privilegiando, com verde e natureza exuberante que fica no Vale dos Irmãos (Brüderthal II). Guarda um arquivo de memórias e seus mistérios. Sua história vai se enriquecendo e a cada século torna-se mais forte como uma bela suntuosa Senhora - enfrenta desafios, supera obstáculos impostos pelo homem e pela natureza – que enfrenta as tempestades e todos os tipos de fúrias da natureza. Seu charme preserva sua beleza – é confortável e simpática.
Sim, a velha casa de enxaimel mantém sua história viva e imensurável. Já foi motivo de reportagens de jornais e de tv e hoje da grito por socorro: pede a restauração e o reconhecimento do Estado como patrimônio arquitetônico e histórico da imigração alemã. Ela parece sempre igual para os que não sabem observar o belo, mas Dona Esperança, quando abre a janela pela manhã e o Sol entre faiscando, acaricia seu rosto, e ela sente a ternura de Deus lhe dizendo: Bom dia. Ainda vale apena lutar para que este paraíso seja preservado.
Ela sente-se iluminada e com forças para mais um dia de trabalho e de luta em busca de soluções para a velha casa de enxaimel, onde ela e seu Rancoroso desfrutam dos mistérios da velha e bela Senhora.

Analores Fröhlich Jahn